Desde cedo, a minha curiosidade voltou-se para as histórias — as que nos habitam, as que herdamos e as que, sem percebermos, repetimos. Foi nesse encontro entre passado e presente que encontrei a psicologia: um espaço onde o que se sente, o que se pensa e o que se vive se podem traduzir em palavras, relação e transformação.

Sou psicóloga, e nas consultas faço uso de uma prática integrativa que cruza a perspectiva sistémica e humanista. Acredito que compreender o sofrimento é também compreender os vínculos que o moldam – as relações que nos constituíram, as ausências que nos marcaram e as formas como fomos aprendendo a estar no mundo. Trabalho com adultos em contexto de consulta online, e procuro valorizar o tempo, o ritmo e a autenticidade de cada diálogo. Na clínica, e também na escrita, procuro dar voz ao invisível — às emoções, memórias e afetos que fazem de cada um de nós uma história em movimento.

Falando de mim-pessoa, sou amante das palavras, da música e dos animais. Gosto de ler, mas mais ainda de escrever. Já tive um percurso na música, que deixei a meio, mas esta vai sendo parte do meu dia-a-dia, ainda que de forma diferente. Tenho um gatinho trapaceiro, chamado Floki, que é também meu co-terapeuta na maior parte das consultas, visto que me rouba o lugar e me invade o ecrã. Não sou perfeita nem pretendo ser, porque sinto que são esses instantes imperfeitos que me impelem a continuar a aprender, a desenvolver-me enquanto pessoa e psicóloga, e a manter a curiosidade e o olhar atento. Afinal, eu também saio sempre transformada de cada encontro terapêutico.